sábado, março 19, 2011

Contas!


Aumigos, peço desculpas pelo atraso da prestação e sinto muito que tenha que divulgar as prestações de contas de janeiro e fevereiro sem as imagens digitalizadas, estou sem scanner.
Mas assim que eu puder, eu publico as contas pagas aqui.
Espero que compreendam, obrigada.

Obs.: em janeiro também não doamos nenhum aumiguinho.

Marie



Viva o Pimpoo...

E viva a mamãe do Pimpoo e todas as pessoas que se sensibilizaram com a história dele!

"Animais são seres criados por Deus para ensinar ao homem o que é amor sincero, verdadeiro e desinteressado"

quarta-feira, março 16, 2011

Não é só um animal doente!


Amigos,
Infelizmente esta não é uma história encantadora de um filhotinho de cachorro fofo e amado. É a história perturbadora das condições em que se encontram os muitos animais que cruzam nossos caminhos diariamente...
Este post surgiu da necessidade de ajudar uma cadela que está sendo maltratada, enxotada, repudiada pelas ruas do bairro Araçás...mas serve como um forma de desabafo de alguém que já quase não suporta esperar por atitudes da prefeitura de nossa querida cidade, temos uma lei de proteção animal que não funciona, nosso CCZ é um "açougue", um lugar feio, desagradável, deprimente e destruidor de sonhos...por mais que as Drªs Roberta e Vanessa façam o que podem para cuidar dos anjinhos que hoje lá se econtram nós sabemos que precisamos de muito mais...sabemos que elas estão sujeitas as regras de um sistema que precisa ser derrubado!

Esta cadela das fotos está causando pavor por onde passa, as pessoas atravessam a rua para não ter de chegar perto dela, se os humanos são capazes de ter aversão a um morador de rua sujo e doente, por que iriam agir diferente diante de um animal?

O Auaufanato abriga hoje cerca de 60 animais, temos 28 baias.

Não recebemos nenhum tipo de ajuda financeira do poder público para fazer o que as autoridades deveriam fazer, por pior que sejam as situações estamos sendo obrigadas a fechar os olhos...temos muitos gastos e infelizmente poucos amigos comprometidos que nos ajudam a manter condições dignas de sobrevivência aos nossos animais.

Eu tenho consciência de que repassar a vocês esta e tantas outras histórias pode abrir portas para que consigamos socorrer um ou outro pobre animal...Mas e os demais? Mas e a origem do problema? Quando é que vamos atacar da maneira certa? Vamos nos manifestar! Vamos exigir que o poder público faça a parte que compete a ele.

Eu sei também que cada um de nós tem um história triste prá contar de um animal que está sofrendo em algum lugar...o problema maior está na omissão dos governantes! Precisamos agir, precisamos iniciar um movimento que traga resultados satisfatórios para a vida de nossos protegidos.
O meu apelo é desesperado.
Estou cuidando diariamente somente nas proximidades da minha casa de 6 cães de rua.
Eu moro no centro de Vila Velha, na rua 15 de Novembro (próximo a Praia da Costa - bairro "NOBRE"!) e tenho necessidade de fazer com que as pessoas enxerguem que não existem animais abandonados somente em bairros periféricos. Os animais abandonados estão no Centro, na Praia, em Cobilândia, em Araçás, em Itapoã, etc.
A Lei municipal de Proteção aos animais diz em seu 7º artigo que cuidar dos animais é cuidar da Saúde Pública!!!
E que é obrigação da Prefeitura incentivar a viabilização e o desenvolvimento de programas que visem ao controle reprodutivo de cães e de gatos e à promoção de medidas protetivas, por meio de identificação, registro, esterilização cirúrgica, adoção, e de campanhas educacionais para a conscientização pública da relevância de tais atividades, cujas regras básicas seguem descritas na Lei.
A Prefeitura deve prevenir, reduzir e eliminar a morbidade, a mortalidade e o sofrimento dos animais humanos e não humanos causados pelas zoonoses, através do cuidado com a saúde do animal que convive com o homem.
O Art. 40 da mesma lei diz que serão feitas campanhas de conscientização para que o proprietário não abandone o animal em logradouro público ou privado, sob pena de multa a ser estipulada pelo CCZ.
Multa???
Que multa? Que punição as pessoas que maltratam os animais estão recebendo?
Se essas multas são aplicadas para onde vai esse dinheiro?
O valor arrecadado com estas punições deveria ser ser revertidas em benefícios para os animais urbanos, em:

*campanhas permanentes de posse e guarda responsável de cães e gatos;

*campanhas permanentes de adoção;

*campanhas contra o abandono dos animais;

*campanhas pró-esterilização;

*campanhas de conscientização sobre os direitos dos animais;

*manutenção dos postos de adoção e esterilização;

*manutenção dos Centros Clínicos Veterinários Públicos;

*campanhas contra a crueldade e violência com animais de tração.

Enfim...meus amigos...eu não vivo nesse planeta lindo onde os animais são tratados com dignidade, eu vivo numa cidade onde cadelas no cio cruzam indiscriminadamente pelas ruas, onde as pessoas apedrejam, chutam, cospem em animais (sim! eu vi um menino que não deve ter mais que 10 anos cuspir em um dos cães que eu estou cuidando), onde as pessoas têm de fazer campanha para arrecadar jornal, papelão, medicamentos para os animais que estão sobre tutela do estado, dentro do CCZ. Eu vivo numa cidade onde a ração que os animais comem no CCZ é tão nutritiva quanto "isopor"...eu me pergunto diariamente, o que é pior que isso? Existe lugar pior para se viver do que este planeta?

O animais do nosso abrigo estão sendo adotados e devolvidos constantemente, as pessoas não querem que eles pulem, que eles comam, que eles latam, que façam cocô. Os humanos precisam ser educados, conscientizados do valor de uma vida para que sejam capazes de adotar um animal e tratá-lo com respeito e entender que eles são seres vivos!!! Não adianta fazer uma feira de adoção na pracinha e entregar os animais para pessoas que não conhecemos, eles irão voltar para as ruas.

Este animal precisa de ajuda...Todos os demais que cada um protege e alimenta também precisa. Precisamos cuidar dos seres humanos, do coração de cada um, precisamos visitar escolas, comunidades carentes e (não tão carentes) e ensinar as crianças a importância de não cuspir em cães de rua. Precisamos ensinar aos adultos que cada vez que eles fazem mal a um animal estão deixando um exemplo ruim para os próprios filhos.

Precisamos fazer a Prefeitura de Vila Velha atuar ao nosso lado. Esta cadela deveria ser recolhida dignamente pelo CCZ, tratada, castrada, bem alimentada e posteriormente encaminhada para uma boa família. Eu digo isso baseada na Lei da minha cidade e não numa utopia...

Não sou eu quem tem que resgatá-la, não é a Maria, o João, a Alice, o Pedro quem tem que fazer isso. A obrigação de cuidar dos animais é da Prefeitura, nós protetores podemos e devemos ajudar, mas também precisamos de ajuda, eu não conheço ninguém que tenha pé de dinheiro no quintal...Este animal precisa de veterinário, de exames, de medicamentos, de abrigo, de alimentação.

Por favor, repassem esta mensagem. Repassem até que ela chegue a quem este assunto deveria interessar, por gentileza, quem conhece profissionais da tv, dos jornais que faça essa história receber a atenção que merece.

(A Celia Brierre está alimentando a cadela mas isso infelizmente não garante nada, a qualquer momento pode surgir um justiceiro que decida resolver o problema da forma mais "simples", acabando coma vida deste animal, ainda mais por se tratar de uma mestiça da raça pitbull).

Eu sozinha não consigo fazer nada, me desculpem.

Obrigada,

Mariana

"Sim, és pó...e ao pó voltarás."

(Gênesis, 3:19)

terça-feira, março 08, 2011

O prisioneiro do amor...

Quando eu era um filhote, eu o distraia com minhas travessuras e o fazia rir...Você me chamava de sua criança e, apesar de um certo número de sapatos mascados e um par de almofadas destruídas, eu me tornei seu melhor amigo... Sempre que eu fazia algo errado, você chacoalhava seu dedo para mim e dizia: "Como você pôde" - mas depois você se arrependia e me rolava no chão para me coçar a barriga. Meu treinamento demorou um pouco mais do que o esperado porque você estava ocupado demais, mas, juntos, nós conseguimos dar um jeito... Eu me lembro daquelas noites em que me aninhava a você na cama e ouvia suas confidências e sonhos secretos - e acreditava que a vida não poderia ser mais perfeita.

A gente fazia longos passeios e corridas no parque, andava de carro, e parava para um sorvete (eu ganhava só a casquinha porque "sorvete não faz bem para cães" você dizia) e eu tirava longos cochilos ao sol enquanto aguardava sua volta para casa ao final do dia...Aos poucos você passou a gastar mais tempo no trabalho e com sua carreira e levava mais tempo procurando apenas por companhias humanas...Eu esperei por você pacientemente, confortei-o em suas mágoas e desilusões, nunca o repreendi por suas escolhas ruins, e vibrei de alegria nas suas vindas para casa e quando você se apaixonou... Ela, agora sua esposa, não é uma "apreciadora de cães" - ainda assim eu a recebi em nossa casa, tentei mostrar-lhe afeição, e a obedeci. Sentia-me feliz porque você estava feliz...Então vieram os bebês humanos e eu reparti com você o entusiasmo.

Eu estava fascinado por seus tons rosados, seu cheiro, e queria muito cuidar deles também. Mas ela e você tinham medo de que eu pudesse machucá-los, e eu passei a maior parte do tempo sendo banido para outra sala, ou para a casinha de cachorro.. Oh, como eu queria tê-los amado, mas eu me tornei um "prisioneiro do amor." À medida que foram crescendo, me tornei amigo deles. Eles se agarravam ao meu pêlo e se levantavam sobre perninhas trôpegas, enfiavam os dedos em meus olhos, examinavam minhas orelhas, e davam beijos meu nariz. Eu adorava tudo isso, e o toque de suas mãozinhas - porque o seu toque agora era tão raro - e eu os teria defendido com minha própria vida, se fosse preciso...Eu me esgueirava para suas camas e escutava suas inquietações e sonhos secretos, e juntos esperávamos pelo barulho de seu carro no caminho.

Houve um tempo, quando alguém perguntava se você tinha cachorro, em que você tirava uma foto minha de sua carteira e contava histórias sobre mim. Nos últimos anos você apenas respondia "sim" e mudava de assunto...Eu passei de "seu cão" para "apenas um cachorro" e você reclamava de cada gasto que tinha comigo. Agora você tem uma nova oportunidade de carreira em outra cidade , e vocês irão se mudar para um apartamento onde não permitem animais. Você tomou a decisão acertada para sua "família", mas houve um tempo em que eu era sua única família...Fiquei excitado com o passeio de carro até que chegamos ao abrigo de animais. O local tinha cheiro de gatos e cães, de medo, de desesperança... Você preencheu a papelada e disse "Sei que vocês encontrarão um bom lar para ele"... Eles deram de ombros e lançaram a você um olhar compadecido. Eles compreendem a realidade que espera um cão de meia idade, mesmo um com "papéis".

Você teve que desgarrar os dedos de seu filho de minha coleira enquanto ele gritava "Não, papai! Por favor, não deixe que levem meu cão!". E eu me preocupei por ele, e com a lição que você tinha acabado de lhe dar sobre amizade e lealdade, sobre amor e responsabilidade, e sobre respeito por todo tipo de vida...Você deu um afago de adeus em minha cabeça, evitou meu olhar e, polidamente, se recusou a levar minha coleira e guia com você. Você tinha um tempo-limite para encarar e agora eu também tenho um.

Depois que você partiu as duas simpáticas senhoras que o atenderam comentaram que você provavelmente soube meses atrás da mudança que ocorreria e não fez nenhuma tentativa de encontrar um novo lar para mim...Elas sacudiram a cabeça e disseram "Como você pôde?". Elas são tão atenciosas para nós aqui no abrigo quanto seus ocupados horários permitem. Elas nos alimentam, é claro, mas eu perdi meu apetite dias atrás. De início, sempre que alguém passava pelo meu alojamento, eu corria para a frente, na esperança de que fosse você - que você tivesse mudado de idéia - que isto fosse tudo um sonho mau.... ou eu esperava que ao menos fosse alguém que se importasse, alguém que pudesse me salvar.

Quando percebi que não poderia competir com os alegres filhotes, inconscientes de seus próprios destinos, nas brincadeiras para chamar atenção, afastei-me para um canto distante, e aguardei. Ouvi seus passos quando ela veio até mim ao final do dia, e a segui ao longo do corredor para uma sala separada. Uma sala deliciosamente silenciosa. Ela me colocou sobre a mesa, acariciou minhas orelhas, e disse-me para eu não me preocupar. Meu coração se acelerou na expectativa do que estava para vir, mas havia também uma sensação de alívio. O prisioneiro do amor havia esgotado seus dias.

Como é de minha natureza, estava mais preocupado com ela. O fardo que ela carrega é demasiado pesado, e eu sei disso, da mesma maneira que conhecia cada um de seus humores. Ela gentilmente colocou um torniquete em volta de minha perna dianteira, enquanto uma lágrima corria por sua face. Lambi sua mão do mesmo modo como costumava fazer para confortar você há tantos anos...Ela habilmente espetou a agulha hipodérmica em minha veia. Quando senti a picada e o líquido frio se espalhou através de meu corpo, deitei a cabeça sonolento, olhei dentro de seus olhos gentis e murmurei "Como você pôde?". Talvez por ter entendido meu linguajar canino, ela disse "Sinto tanto!", abraçou-me e apressadamente explicou que era seu trabalho fazer com que eu fosse para um lugar melhor onde não seria ignorado, ou maltratado ou abandonado, nem ter que me virar para sobreviver - um lugar de amor e luz, tão diferente deste lugar terrestre. E com minha última gota de energia tentei transmitir -lhe com uma sacudidela de minha cauda que meu "Como você pôde?" não era dirigido a ela....Era em você, Meu Amado Dono, que eu estava pensando. Pensarei em você e esperarei por você eternamente. Desejo que alguém possa em sua vida continuar a demonstrar-lhe tanta lealdade, tanto amor como eu lhe demonstrei...

(O Nino tinha uma família...todos foram embora morar num apartamento, onde não tem lugar pro Nino. Ele tem 10 anos, nasceu e cresceu ao lado dessas pessoas, a casa está vazia, só o Nino continua morando lá...mas o Nino é só um cãozinho idoso...os cães não sabem se virar sozinhos, ainda mais quando são velhinhos e dependentes. Se ele não encontrar um lar provisório logo vai precisar ficar morando sozinho até que surja uma vaga prá ele no Auaufanato, que está lotado, talvez o Nino chore muito, os vizinhos podem reclamar, se eles se incomodarem o Nino vai acabar indo morar no CCZ ou na rua...Ajude-nos a salvar a vida do Nino!!!

auaufanatoes@hotmail.com
marieemari@hotmail.com

Obrigada!

domingo, março 06, 2011

Costelinha e o proprietário responsável

Hoje, vindo para casa encontrei um cãozinho, muito fraco e magro, para ser sincera quase feio de tão maltratado, e ainda com um olhar tão angustiante, que quando eu olhei me deu um nó na garganta e uma tristeza na alma...ontem quando eu vinha para casa, eu também encontrei um cãozinho fraco e magro, antes de ontem foi a mesma coisa...alguns dias eu os encontro aos montes, em outros, só um ou dois destes...cãezinhos fracos, magros e inocentes a perambular pelas ruas, a cruzar o caminho de dezenas de humanos como eu, por culpa destes mesmos humanos como eu. Como pessoas tem coragem de abandonar um ser assim, um animal que daria a vida por seus donos? Não falo só de cachorros, qualquer tipo de abandono é cruel, é triste… não façam isso, pensem e repensem…Então eu escolhi a história do Costelinha para falar sobre Responsabilidade...

Você já ouviu falar em Posse Responsável ?
Posse responsável é o conjunto de deveres de todas as pessoas que possuem ou pretendem possuir um animal de estimação...Isso mesmo. Não temos apenas direitos, temos deveres também. Devemos, por exemplo, manter a boa saúde do nosso animal de estimação e manter suas vacinas em dia. Outro dever é fazer a manutenção da higiene tanto do nosso amigo como dos ambientes que frequentamos. Dar lazer levando-o para passear e dedicando também parte do nosso tempo a ele. Manter a segurança dele e das outras pessoas usando sempre coleira e guia. Dar segurança, boa alimentação e moradia para ele. Somos responsáveis pelo nosso cão e por suas atitudes perante as outras pessoas. Ou seja, devemos cuidar bem dele dando carinho, amor e condições dignas de vida, como todo ser vivo merece! Só que nem sempre é assim...o Costelinha sabe bem do que eu estou falando...e vai contar um pouco do que ele viveu...


Eu sou o Costelinha...antes, quando eu morava com minha "família" eu me chamava Bobby, mas quando eu cheguei por aqui, as dindas do Auaufanato resolveram mudar meu nome, elas dizem prá cada um de nós que chega aqui que a primeira mudança que transforma as nossas vidas (de cão vadio, errante, abandonado na rua ou dentro do quintal - a cão amado e feliz) acontece quando recebemos um nome novo, uma outra identidade, uma nova chance de viver de forma digna... Tem muita gente por aí nesse mundão que, por impulso, adquire um cachorro e leva pra casa sem pensar que todo ser vivo precisa de cuidados e dedicação, atenção, carinho, paciência, alimentação. E aí, por qualquer motivo, depois que a gente se habitua e se apega às pessoas, elas vão lá, abrem o portão, nos colocam prá fora de casa e simplesmente nos abandonam...Isso não é amor, é egoísmo... Tem também as famílias que nos abandonam dentro do mesmo ambiente em que vivem, como aconteceu comigo...essas pessoas negligenciam nossas vidas, ficam indiferentes à nossa presença, esquecem de nos dar comida e água, de levar a "gente" no tio-veterinário, não olham nossos dodóis nem de longe, (os de fora, e muito menos os de dentro do coração) não nos tocam, não nos percebem vivos e dotados de sentimentos. E muita gente usa as desculpas mais variadas: reclamação do vizinho, gravidez, alergia, gastos...Sendo que tudo isso poderia (e deveria) ter sido avaliado antes...nem todas as pessoas que decidem ter um animal de estimação pensam no tamanho da casa, no tamanho do tempo que terá que dedicar a ele, nas despesas que ele dará, nos problemas com os vizinhos, nos alérgicos da família e acabam não escolhendo o cãozinho que se encaixam nas condições ou nas possibilidade da família.
Se você não está preparado para "mudar a sua vida" adotando ou comprando um cãozinho (ou gatinho) então desista e deixe que ele seja escolhido por alguém que nunca vá abandoná-lo ou que esteja disposto a enfrentar as barreiras que possam aparecer, como um vizinho chato ou um médico que acha (equivocadíssimamente) que uma mulher grávida não pode ter cachorro...E se você tem um animalzinho de estimação e por qualquer motivo não quer ou não pode mais tê-lo por perto e realmente não tiver outra alternativa, procure incansavelmente outra família ou alguém que realmente irá cuidar bem dele, não dê ao primeiro que aparecer. Faça perguntas, escolha alguém que possa dar ao seu amigo o que ele precisa prá ser feliz. É o mínimo que nós merecemos receber de quem nos cativou... abandonar é um ato cruel e desumano.
As Dindas me acharam abandonado no quintal da minha antiga casa, eu estava anêmico, com doença de carrapato, com muita, muita fome, triste, com um dodói na cabeça (tumor) e além de tudo isso, o nosso vizinho me espancava e ninguém sabia explicar o por quê. A minha antiga família não concordou muito com o fato das Dindas me recolherem, inclusive estiveram algumas vezes aqui no Auaufanato prá me visitar e dizer que as Dindas não tinham o direito de me tirar deles...como não? eu estava sofrendo, precisando de ajuda e vocês se omitiram!!!
E mesmo que vocês não mereçam, todas as vezes que vieram me ver e brigar com as Dindas (dizendo que estavam sentindo minha falta) eu fiz festa e sacudi o rabinho prá vocês, por que diferente dos humanos, os animais não guardam rancor no coração...
Aqui no Auaufanato eu tenho uma caminha só prá mim, tomo meus remedinhos, tomo banho de sol no quintal...a minha comidinha é especial por quê eu tomo medicamentos muito fortes, (a Tia Vanessa trás peito de frango e fígado prá mim) todos por aqui me amam e me dão muito mais do que eu preciso, eu já não posso mais enxergar, tenho um tumor no osso da face, ele cresce a cada dia, as Dindas têm de estar sempre atentas à secreção que desce dos meus olhinhos, à minha respiração que algumas vezes fica muito barulhenta, a minha dificuldade de locomoção e minha carência...e elas não falham! Eu vivo como quero agora, ainda que tenha comigo esse dodói que incomoda eu sou um vira-latas muito feliz, mas por vezes compartilho com as Dindas o mesmo pensamento: "se aquela família não tivesse fechado os olhos pra vida do Costela, talvez hoje ele não tivesse passando por isso tudo"...mas tudo bem Dindas, eu sou feliz e amado AGORA... e isso é o que importa.

É muito comum que as pessoas abandonem seus animais à própria sorte, mesmo sem necessariamente colocá-los na rua, mas se você (ou alguém na sua família) tem nojo de baba, não deve escolher uma raça que babe. Ou, se você não tem muito dinheiro para gastar, deve investir em raças menos propensas a problemas de pele, olhos ou ouvidos, por exemplo. Ou se você mora em apartamento, deve escolher uma raça que não fique latindo por qualquer motivo. Como podemos ver, a escolha errada, pode nos trazer problemas e as consequências quem sofrem, somos nós (e também as pessoas que nos respeitam, pois a quantidade de animais abandonados aumenta a cada dia, mas os abrigos e CCZ's estão lotados e se um cãozinho só dá "trabalho" e gastos imagine 3, 10, 20...50? As pessoas nos tratam como um ser inanimado e sem sentimentos...e brincam com nossas vidas. Têm muitas pessoas que pensam assim: -se não der certo eu dou! Elas não pensam que será um sofrimento enorme para nós sair do convívio com a família, ter de sobreviver comendo lixo, fugindo das maldades das pessoas, correndo para escapar dos carros que querem nos atropelar, nos virando nesse mundão que é cruel com pessoas e mais ainda com animais.

Eu agradeço a todas as pessoas que cuidam de mim, eu amo as dindas, as tias, as visitas, os aumigos que tenho aqui no Auaufanato e sei que quando eu não mais puder viver por aqui (quando o meu dodói for tão grande que já não me permita mais lutar para permanecer vivo) eu sei que vou estar sempre na lembrança e no coração de cada um que me conhece e que me ama verdadeiramente.

Obrigado Dindas, vocês salvaram a minha vida!
Costela


Quer adotar um cão?
As perguntas que você precisa se fazer e responder é: -Eu sei quanto tempo vive um cachorro? E a despesa com alimentação e remédios? Vou dar conta? -Eu estou ciente de que quanto maior for o meu cachorro mais ele vai comer e mais ele vai fazer cocô? Ou ainda: -Eu sei o tamanho do xixi e do cocô que o meu cachorro vai fazer e estou disposto a limpar? Ou eu vou soltar ele na rua para ele fazer cocô na porta dos outros, para que os outros limpem? (...)
A maioria das pessoas não se faz pergunta nenhuma: acha todos os filhotes fofos e lindos e compra ou adota sem pensar que filhote de elefante também é fofo e lindo. O "problema é que depois cresce e faz cocô, e tem que passear... e fica doente, ele precisa comer e precisa ir ao veterinário...Se realmente não tiver jeito, você fez a burrada de se comprometer com uma vida e não tem capacidade de cuidar dela, procure doar para pessoas conhecidas porque diariamente nós somos perseguidas por situações desesperadoras, nem todas as pessoas sabem o que é ter de viver de prontidão esperando o próximo pedido de socorro por um animal sofrido. Muitos animais morrem nas ruas todos os dias, no mundo todo... um dos motivos que causa a morte deles é a tristeza, a dor do abandono...Se você pensa em "presentear" seu filho com um animalzinho, abandone essa idéia. Crianças não podem se comprometer com a vida de um animal, por mais amorosas e dedicadas que elas sejam...uma criança é só uma criança...ela não tem que lembrar que está acabando a ração do cachorro, nem tem que deixar de assistir à tv para limpar a sujeira do cachorro, assim sempre vai acabar sobrando para os pais que não gostam nada do novo serviço. E isso é muito comum: a criança diz que vai cuidar e não cuida, daí, eu digo: - o cachorro é do adulto, se for comprar para a criança cuidar, vai fazer besteira.
E se você acha que tudo isso é um exagero, olhe à sua volta, veja a população de cachorros de rua que existe. Com certeza, começaram a partir de cachorros abandonados por seus donos à própria sorte e foram cruzando e gerando mais cachorros. Visite um centro de zoonoses ou um abrigo de animais e verá a quantidade de cachorros abandonados. É triste ver o os seres humanos são capazes de fazer. O Costelinha já contou um pouco da própria história, ele tem um tumor na face e está em tratamento, precisa muito dos medicamentos Beneroc, Transamim, Dorless (tramadol) e Azicox, além de muito amor e carinho...isso podemos dar gratuitamente a ele e a tantos outros, mas precisamos de ajuda urgente com os gastos do tratamento do nosso aumiguinho.
Para você os animais importam? Quer contribuir? Doe qualquer quantia em dinheiro ou um dos medicamentos que ele precisa.

Nossas contas para doações:
Banco do Brasil
Nome: Araceli V. F. N. Ribeiro
Conta Poupança: 18865-4
Variação: 01
Agência: 3480-0

ou:

Caixa Econômica Federal
Agência: 3132
Operação: 013
Conta Poupança: 3852-9
Nome: Rosimar Nunes Pereira

Obrigada!
Marie
(Meu sonho é ser uma pessoa tão boa quanto meus cachorros pensam que eu sou!)

quarta-feira, março 02, 2011

Saiba onde abandonar o seu cão!

Uma hora acontece: você não pode mais ficar com o seu cachorro. Ele cresceu demais, latiu demais, latiu de menos, faz sujeira. Você teve um filho, você vai mudar para um apartamento, vai mudar de cidade ou de país. Ou enjoou dele e quer um filhote novo. Chega o momento e você se pergunta: onde posso abandonar o meu cão?

Existe um ótimo local para isso. É grande, com um lindo gramado, lago, e os animais ficam todos soltos e felizes. Tem veterinário disponível 24h, (gratuito!) humanos brincando com eles, os cães nunca vão se sentir sozinhos. Você pode ficar tranquilo que o seu ex-melhor amigo será muito bem cuidado. Ele nem vai sentir sua falta. Terá uma vida longa e feliz, e você poderá seguir o seu caminho, sem peso na consciência e sem preocupação.

Isso não é maravilhoso?

Um lugar com espaço infinito, dinheiro inacabável, humanos disponíveis e cães felizes.

Quer saber onde é?

NA SUA IMAGINAÇÃO !!!

Não existe lugar para abandonar o seu cão. Não existe um lugar onde ele estará seguro se não for ao seu lado. Mesmo que seu vizinho que ama animais diga que vai ficar com ele, se ele for como você, vai passá-lo para outra pessoa na primeira dificuldade, e onde ele vai parar?

Na rua!

Visite um abrigo ou um CCz e veja as condições em que chegam os animais que foram resgatados… e se você está pensando em deixar seu cão em um abrigo, lembre-se que além de abandonar covardemente seu melhor amigo, você estará tirando as chances de um animal de RUA ser resgatado.

Se você não se importou o suficiente com seu cão para ficar com ele mesmo nas dificuldades, como espera que alguém vá se importar?

NÃO ABANDONE JAMAIS O SEU ANIMAL !

***O Au-aufanato.blogspot.com não estava sendo atualizado por que a "posteira" (Mariana) estava completamente sem tempo, ela continua sem tempo, mas vai dar umas espremidas nos horários pra voltar a postar com frequência, peço desculpas e agradeço pela compreensão!

Marie